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19 Feb
19Feb

Atualmente a palavra prosperidade tornou-se um sinônimo de  pessoas orgulhosas e autossuficientes. 

Auto suficiência <=> elevação do EGO Sintoma desta autosuficiência: Achamos não necessitar mais de Deus principalmente quando temos certos o salário mensal, carreira estável, investimentos bem sucedidos, casa dos sonhos, saúde em dia e família unida... 

Daí não enxergamos os problemas em curso :a falência devido queda no mercado de ações, quando perdemos nossos bens, refletindo em todo o resto, na saúde, na família... 

Solução geral básica: “voltar-se para Deus” Esta seria a reação correta e ideal para todos em toda a parte da Terra, à fim de que nos lembremos daquilo que realmente importa na vida. 

No geral, todos temos medo ou receio da adversidade, mas não deveríamos ter tanto medo assim, porque muitas vezes é em tempos de prosperidade que nos esquecemos de Deus e em tempos de adversidade é que muitos resolvem buscá-lo.. 

Mas onde está o problema nisto?

Quando o povo de Israel estava pronto para entrar na Terra Prometida, Deus veio até eles e os advertiu que estivessem alertas muito mais à partir daquele momento , pois assim lhes disse: "com casas cheias de tudo que há de melhor, de coisas que vocês não produziram, com cisternas que vocês não cavaram, com vinhas e oliveiras que não plantaram.

Quando isso acontecer, e vocês comerem e ficarem satisfeitos, tenham cuidado! Não esqueçam o Senhor que os tirou do Egito, da terra da escravidão" (Deuteronômio 6:11-12). Aquele povo havia sido tirado de anos de escravidão e estava vagando no deserto por quarenta anos. 

Quando passavam pelas adversidades do caminho, eram completamente dependentes de Deus para tudo. Todos os dias, quando saiam de suas tendas, Deus providenciava o maná que caia do céu, garantindo o café da manhã, além de enviar por vezes codornizes para lhes dar almoço e jantar. 

Como se não bastasse, Deus também os guiou pelo deserto com uma nuvem que pairava sobre eles durante o dia, protegendo-os da agressão do Sol e também os guiava nas penumbras da noite fria com o clarão da coluna de fogo. 

O importante aqui à salientar é que eles tinham que olhar para o Senhor constantemente, de dia ou de noite, tinham de depender de Deus em todo tempo, obedecendo seus comandos, e assim eram abençoados. Mas então Deus os trouxe à beira da Terra Prometida, onde podiam ver colinas verdes exuberantes e rios fluindo por quilômetros pelas campinas, além do que, puderam ver e frutas de tamanhos que nunca tinham sido visto antes, como o cacho de uva que para ser carregado era preciso de 02 homens. 

Eles mal podiam esperar para entrar naquele local. A ansiedade estava às portas e foi onde Deus disse: "Agora cuidado, porque quando vocês chegarem lá, correm o risco de me esquecer." 

Quando o sofrimento nos atinge, quando a tragédia acontece, quando vem a tribulação, é quando mais oramos por algo e oramos muito! Isto é fruto da adversidade que passamos naquele momento a qual nos nivela e nos mantém humildes. É quando o pobre e o rico, o crente e o ateu podem ter a sua frente a grande chance que Deus quer usar no meio da adversidade para nos aproximar Dele. 

Quando Jesus estava chegando perto do final de seu período de pregação terrena, antes da sua crucificação, passou a se tornar muito popular em seu ministério que as pessoas O seguiam em grande número e este número aumentava diariamente. 

Aos olhos dos discípulos, por vezes, viram a multidão como um problema, uma possível adversidade no caminho do Mestre, mas Jesus olhou para essas pessoas e, sendo Deus, conhecia os seus motivos. 

Ele reconheceu que a maioria delas não estava interessada em coisas espirituais, mas a grande maioria das pessoas o seguiam porque queriam ficar deslumbradas pelos milagres que fazia pelo caminho. Outras o seguiam porque ouviram que Ele alimentava os famintos e algumas esperavam que Ele derrubasse o governo de Roma e estabelecesse o reino de Deus. As pessoas tinham vários motivos para segui-Lo, mas Ele percebeu que muitas O estavam seguindo pelo motivo errado. Assim, Ele fez uma série de declarações intencionalmente destinadas a diminuir as filas. Ele queria ficar com aqueles que realmente queriam segui-Lo - não seguidores de conveniência, mas discípulos e soldados verdadeiros e comprometidos. Ele continua a usar a mesma tática até hoje, com o mesmo propósito como o que usou com Gideão e seu exército, reduzindo-os de 32.000 para 300 soldados, buscando “ passar a peneira”, ficando apenas aqueles que realmente seriam produtivos, disponíveis, atentos, fiéis não importando a situação ou se o número de inimigos fosse maior. 

Da mesma forma hoje continuamos vendo que existem muitas pessoas que não estão realmente interessadas no crescimento e no conhecimento à respeito de Deus mas apenas, em muitos casos, na libertação espiritual e financeira. Deus deseja que o sigamos pelos motivos certos. Jesus disse: “E aquele que não carrega sua cruz e não me segue não pode ser meu discípulo. [...] Da mesma forma, qualquer de vocês que não renunciar a tudo o que possui não pode ser meu discípulo” (Lucas 14:27,33). 

Jesus expôs claramente que ser Seu discípulo é ser um soldado a Seu serviço, que não se deixa acovardar diante das adversidades ou deixa de acreditar no Seu comando diante da aparente “ grandeza” do inimigo que lhe possa estar atacando! Deus tem uma matemática própria. Ele subtrai para multiplicar. Às vezes pensamos que mais é sempre melhor. Mas as palavras de Jesus e o que ocorreu, por exemplo, na vida de Gideão, mostram que Deus está mais interessado na qualidade do que na quantidade. Sim, Ele quer que todos entrem no Reino. Ele quer que todos acreditem Nele. Ele quer que todos se salvem, mas Ele quer que venhamos até Ele com os motivos certos, porque um soldado indiferente no campo de batalha pode ser mais uma desvantagem do que uma vantagem. 

Portanto, nos posicionemos; tomemos cada um a sua cruz e continuemos a seguir o Mestre e Nele acharemos pastagens e águas tranquilas. 


Autor: Cicero Daniel da Silva

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