"Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito, e quem é desonesto no pouco, também é desonesto no muito" (Lucas 16:10)
Este versículo está baseado na parábola de alguns empregados que receberam talentos (moedas) de seu patrão ou senhor, os quais ele os havia deixado tomando conta de seus bens até que retornasse de sua viagem.
Um recebeu 05 talentos e na volta do seu senhor entregou mais 05, pois havia feito o “dinheiro” dobrar de valor devido seu trabalho. Outro recebera 02 talentos e devolvera mais 02, mas o terceiro empregado devolveu apenas 01 talento, ou seja, o mesmo que havia recebido do seu senhor. Seu “patrão “lhe questionou do porque não ter pelo menos devolvido 01 talento à mais, e o empregado lhe disse que ficou com receio de perder o “dinheiro” enquanto o seu senhor estava fora e não ter o que lhe devolver, por isso o enterrou.
Seu senhor não aceitou sua desculpa, pois haviam bancos na região e poderia ter colocado à juros em alguma aplicação e depois lhe devolvido com algum acréscimo, mas o empregado nem isso havia feito.
Então seu senhor mandou que pegassem tudo o que aquele empregado possuía e que fosse entregue ao empregado que havia produzido mais talentos, ou seja, o que tornara 05 em 10.
Basicamente, Deus quer nos alertar para o fato de que se não formos fiéis nas pequenas coisas, não nos será dado nada à mais de usa parte e ainda corremos o risco de ser achados inúteis e lançados fora de sua presença.
O senhor desta parábola se trata do próprio Senhor Jesus e os sinais de seu retorno estão cada vez mais claros. Infelizmente não temos mais visto nas igrejas, ou melhor, nos seus servos ou empregados, conforme esta parábola, o mesmo desempenho em granjear almas para Deus como o fizeram nossos irmãos no decorrer da história cristã.
A cada dia mais vemos o amor pelo perdido se deteriorar, refletindo no fato de que aqueles que se diziam seus demonstrarem com a falta de atitude evangelística que não se importam mais se alguém morrer e for para o inferno, desde que ele esteja “garantido”.
Seu povo está se esquecendo de que a Palavra nos afirma que se virmos um irmão ou próximo se perder e não fizermos o nosso melhor para alertar esta pessoa de seu destino, o Senhor cobrará o seu sangue daquele servo inútil e ambos terão o mesmo destino.
Vemos pessoas dando todo tipo de desculpa para não sair de suas casas para evangelizar ou visitar um necessitado, muito menos ainda se for para lutar pela alma de um semelhante.
Hoje a desculpa principal é o CVD ou covid, que é usado até para justificar a ausências dos filhos de Deus nos cultos presenciais. O engraçado é que nem mesmo nos online vemos todos os irmãos conectados e isto, se me entristece, imaginem como está o coração do Senhor com estas atitudes?
Não vou entrar numa questão de análise escatológica desta passagem, mas pegá-la como exemplo para os nossos dias, sugerindo que oremos por cada um de nós, principalmente por aqueles que possam estar nesta posição de comodismo espiritual, mais para carnal, e que parecem que estão congelados pelo medo dentro de suas casas.
Ainda há perdidos lá fora, que precisam de mim e de você e que milhares que ainda não foram evangelizados. Ainda deve haver um vizinho, um conhecido, um amigo ou até um inimigo que você possa lutar para salvar. Deus tem te dado um “talento” de falar Dele à fim de que possamos trazer pelo menos uma vida para Sua casa.
Mas para isto, primeiro, você deve despertar para o fato de que urgentemente precisa voltar para a casa do Pai. Faça uma análise de sua vida como cristão e se perceber que se enquadra nesta posição, ore e ore bastante para que este sentimento saia de dentro de você.
Este sentimento de apatia espiritual, de distanciamento das dores do outro. O maior problema hoje é que as pessoas não estão distantes apenas fisicamente.
Em suma, o que você vai fará a esse respeito?
Autor: Cicero Daniel da Silva